No dia 10 de novembro, foi considerado o Dia Mundial da Ceratocone. Uma doença não inflamatória que afeta diretamente a estrutura da córnea. Anos atrás a Ceratocone era considerada uma doença rara, já que o número de casos é relativamente baixo. Porém, com o avanço nas pesquisas, estima-se que no Brasil 1 caso a cada 250 pessoas são diagnosticados, chegando a uma taxa de até 1% de incidência na população.
Por isso preparamos este post de hoje, com todas informações que você precisa saber sobre a Ceratocone.
O que é a Ceratocone?
A ceratocone é uma doença genética e hereditária, com o quadro de evolução lento. Ela afeta a estrutura da córnea – camada fina e transparente que recobre toda a frente do globo ocular – reduzindo progressivamente a espessura da parte central da córnea, empurrando-a para fora, deixando o globo numa visão parecida de um cone.
Essas alterações na córnea podem comprometer a visão, visto que, a córnea funciona como uma lente fixa sobre a íris, a área colorida dos olhos, e, através da pupila, projeta a luz sobre a retina, prejudicando a projeção de imagens nítidas.
A Ceratocone pode se manifestar entre os 10 e 25 anos, podendo estabilizar com o tempo, a partir dos 40 anos. Pode afetar os dois olhos ou apenas um de forma assimétrica.
O que causa a Ceratocone?
Ainda não existe estudos muito aprofundados sobre a ceratocone, por isso é difícil dar exatidão nas causas exatas dessa doença. Estima-se que há maior probabilidade de desenvolver a doença em pessoas alérgicas ou que sentem muita coceira nos olhos, devido ao ato de esfregar os olhos com força. Outro fator a ser considerado é desenvolver em portadores de Síndrome de Down, em como pessoas com doenças congênitas como a catarata e a esclerótica azul.
Quais são os sintomas da Ceratocone?
Os sintomas da ceratocone podem variar conforme o avanço do caso. Há casos assintomáticos em pessoas que apresentam história de doença na família que chamamos de ceratocone subclínico.
Outro elemento sintomático é o avanço do quadro progressivo da perda de visão, que lentamente vai se tornando mais borrada e distorcida. Mas, é comum outros sintomas listados abaixo:
- Sensibilidade à luz;
- Comprometimento da visão noturna;
- Visão dupla;
- Formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto ou de halos ao redor das fontes de luz são outros sintomas da doença.
Em estágios mais avançados da doença, os sintomas da Ceratocone podem surgir como:
- Recuo da pálpebra inferior provocado pelo crescimento do cone;
- Perda aguda da visão causada pelo escape do humor aquoso que flui para dentro da córnea.
Como é feito o diagnóstico da Ceratocone?
O diagnóstico é feito a partir de um levantamento de dados a respeito do histórico do paciente, considerando as queixas de perda visual, defeitos de refração. Além disso, é realizada uma avaliação com o exame na lâmpada de fenda, um aparelho que permite analisar o olho em detalhes desde a camada externa da córnea até o nervo ótico.
Outros exames complementares realizados: topografia computadorizada da córnea, paquimetria corneana e a tomografia computadorizada, por exemplo, são úteis para confirmar o diagnóstico, avaliar a progressão da doença, o grau de comprometimento da área afetada pelo ceratocone e nortear o tratamento.
Como é feito o tratamento?
Durante a fase inicial, quando a doença não está agravada, o uso de óculos específicos para o problema é suficiente. Após, um procedimento que vem inovando na área é o crosslinking, uma intervenção que tem por objetivo fortalecer as moléculas de colágeno da córnea para evitar que ela continue abaulando. Basicamente, a técnica consiste em raspar a superfície da córnea, para depois aplicar um colírio à base de vitamina B2 (riboflavina) e, em seguida, um feixe de luz ultravioleta.
Outros tratamentos podem ser realizados, conhecido como anéis de Ferrara, que são utilizados para regularizar a curvatura da córnea, quando os óculos e as lentes de contato não produzem mais o efeito desejado.
E por fim, em caso de nenhum resultado com os tratamentos anteriores, é realizado o transplante de córnea.
Ainda não formas eficazes de prevenção a essa doença, apenas evitar de coçar os olhos para aquelas pessoas alérgicas, e estar em dia com a visita ao seu oftalmologista de confiança.
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