A saúde ocular é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida. Sendo assim, quando algo não está bem em nossa acuidade visual ou ainda na região dos olhos, como as pálpebras, por exemplo, é preciso investigar mais de perto para que não se tenha problemas futuros.
Problemas que afetam as pálpebras podem ter um impacto significativo tanto para a visão quanto para a estética facial. Dois desses problemas bastante comuns são a retração palpebral e a ptose. Embora ambos possam envolver anormalidades nas pálpebras, suas causas, sintomas e tratamentos são diferentes.
Retração Palpebral – mudança no posicionamento das pálpebras
A retração palpebral é caracterizada como uma condição na qual as pálpebras se afastam mais do que o normal do globo ocular, resultando em uma exposição excessiva da córnea e da conjuntiva; os olhos ficam mais abertos e arregalados. Isso pode ser causado por diversos fatores, entre eles:
Doença de Graves: esta é uma condição autoimune, inflamatória, que afeta a tireoide e pode resultar em hipertireoidismo. A retração palpebral é um dos sintomas oftalmológicos característicos desta condição.O processo inflamatório nas pálpebras acomete a musculatura responsável por sua abertura. Com o tempo, isso gera fibrose e as pálpebras perdem, aos poucos, a capacidade de excursão durante o piscar e começam a se posicionar de maneira mais aberta;
Cicatrizes ou Traumas: cicatrizes ou traumas na região ocular podem levar à retração palpebral, causando um deslocamento anormal das pálpebras. Um acidente, por exemplo, pode gerar uma cicatriz nas pálpebras ou um processo inflamatório palpebral e mudar a sua dinâmica funcional, impedindo a realização da excursão palpebral de maneira fisiológica;
Tumores: certos tipos de tumores na órbita ocular também podem causar retração palpebral devido à compressão dos tecidos ao redor dos olhos.
Entre os sintomas comuns da retração palpebral estão olhos secos, irritação ocular, vermelhidão e sensibilidade à luz. Logicamente, a gravidade da condição pode variar entre casos leves, relativamente assintomáticos, e casos graves, que interferem significativamente na visão e no conforto do paciente.
Ptose Palpebral – queda anormal da pálpebra superior
A ptose refere-se a uma queda anormal da pálpebra superior em relação à posição normal, cobrindo mais de 2mm do limbo superior. Isso pode ocorrer devido a uma fraqueza nos músculos que levantam a pálpebra ou por problemas com o nervo que os controla. Mais do que ser apenas um problema estético, a condição também pode causar restrição do campo visual superior ou oclusão do eixo visual. Esta última é especialmente grave em crianças, pois pode comprometer o seu desenvolvimento visual.
Algumas das causas comuns de ptose palpebral incluem:
Envelhecimento: com o passar dos anos, os músculos ao redor dos olhos podem enfraquecer, levando à queda da pálpebra superior;
Trauma: lesões na área dos olhos podem danificar os músculos ou os nervos que controlam as pálpebras, resultando em ptose;
Condições Neurológicas: algumas condições neurológicas que abrangem as paralisias do III par craniano, a síndrome de Horner, a esclerose múltipla, a Sd. Guillian-Barré, entre outras, podem causar ptose como um dos sintomas.
Os sintomas da ptose, assim como na retração palpebral, podem variar de leve a grave e podem incluir visão obstruída, fadiga ocular devido ao esforço adicional para levantar as pálpebras e uma aparência assimétrica do rosto.
Entender as diferenças das condições para um diagnóstico e tratamento corretos é essencial!
Embora tanto a retração palpebral quanto a ptose envolvam anormalidades que ocorrem nas pálpebras, é essencial diferenciá-las durante o diagnóstico, pois seus tratamentos podem variar significativamente.
O diagnóstico geralmente é feito por um oftalmologista, que pode realizar exames físicos detalhados e, se necessário, pedir exames complementares, como os de sangue, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética.
O tratamento para retração palpebral e ptose depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Entre as opções de comuns estão:
Medicação: se a retração palpebral ou a ptose for causada por condições como a doença de Graves, o tratamento pode envolver medicação para controlar os sintomas subjacentes;
Cirurgia: em casos graves ou refratários ao tratamento conservador, a alternativa pode ser cirúrgica. Na retração palpebral, o procedimento pode envolver o encurtamento dos músculos que elevam a pálpebra ou a correção de cicatrizes. Na ptose, a cirurgia geralmente envolve o ajuste dos músculos da pálpebra para restaurar sua posição normal;
Tratamentos Conservadores: em alguns casos leves, medidas conservadoras, como o uso de óculos de sol ou lágrimas artificiais, podem ser suficientes para aliviar os sintomas.
Em suma, enquanto a retração palpebral envolve um afastamento anormal das pálpebras do globo ocular, a ptose refere-se a uma queda anormal da pálpebra superior. Embora ambas as condições possam ter sintomas semelhantes, é essencial diferenciá-las durante o diagnóstico para garantir o tratamento adequado. Por isso, consultar um oftalmologista é fundamental!
Sistema de Oftalmologia Integrada em Porto Alegre
O Sistema de Oftalmologia Integrada, fundado em 16 de janeiro de 2012, é uma Rede de Clínicas voltada exclusivamente à saúde ocular da população.
Nosso esforço é voltado a prestar um atendimento integral baseado em quatro pilares: prevenção, diagnósticos precisos, tratamentos clínicos e cirúrgicos resolutivos.
Atualmente, a Oftalmologia Integrada atende em três grandes polos de saúde, Serra Gaúcha, Porto Alegre e Região Metropolitana, promovendo de modo sustentável e inovador a gestão de recursos na assistência oftalmológica.