Casal de jovens negros abraçados acariciam a barriga da gestante. Estão frente a uma cortina branca de voal. Ela veste uma camisa jeans e ele uma amarela.

Retinopatia diabética e gravidez: cuidados essenciais para a saúde ocular.

Não, gravidez não é doença – mas também é um momento que inspira muitos cuidados, uma vez que todo o sistema físico da mulher está passando por mudanças e impactos significativos. Você sabia que até os olhos de uma gestante podem ser ponto de atenção para desafios da saúde?   

Entre esses desafios enfrentar está a retinopatia diabética; uma das principais complicações oculares sofridas por brasileiros – sendo a principal causa de cegueira no país, entre adultos de 20 a 74 anos, e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 90% destes casos poderiam ser evitados com diagnóstico e tratamento precoce. 

O que é a retinopatia diabética, afinal?  

A comorbidade é caracterizada pelo resultado de danos nos vasos sanguíneos da retina devido ao diabetes não controlado, o que pode levar à perda de visão se não for tratada adequadamente. 

Segundo o Manual MSD, a lesão se dá pois os vasos sanguíneos da retina podem deixar escapar líquido e sangue. Esta situação é agravada por repetidas exposições a níveis elevados de açúcar no sangue, tornando as paredes dos mesmos mais propensos a lesões.  

Na retinopatia diabética, o paciente enxerga manchas flutuantes ou então relata visão embaçada, tem dificuldade de enxergar durante a noite e também de distinguir cores e formas. Caso não seja tratada, a condição pode levar à cegueira. Vale ressaltar que pessoas com diabetes e pressão alta acabam somatizando os riscos de desenvolver a doença. 

Mulher jovem, grávida, vestindo uma camiseta amarelinha e um casaquinho branco está apoiada no braço do sofá demonstrando desconforto. Preocupa-se com a retinopatia diabética.

Além disso, a gravidez pode piorar ainda mais os danos causados pela doença ocular. Em geral, ainda de acordo com o Manual MSC, a retinopatia surge em média 5 anos depois que a pessoa apresenta quadro de diabetes tipo 1.  Ainda, projeta-se que o diagnóstico da diabetes tipo 2 pode levar anos para ser fechado, sendo assim, a retinopatia pode já estar afligindo o paciente no momento em que ele recebe o diagnóstico da doença. 

Mas e a gravidez?

Durante a gestação, as alterações hormonais e metabólicas podem agravar a retinopatia diabética existente ou desencadear o desenvolvimento da doença em mulheres previamente não afetadas. A diabetes gestacional, em específico, é uma condição caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante o período da gravidez.

Estudos da Sociedade Americana de Diabetes mostram que aproximadamente 40% das mulheres com diabetes desenvolvem retinopatia diabética durante a gestação, o que destaca a importância do controle rigoroso da glicemia e de exames oftalmológicos regulares. 

Gestante sentada no sofá, vestindo legging cinza, camiseta branca e casaquinho rosado mede os níveis de açúcar no sangue. Controlando a diabete gestacional.

Além disso, a associação também recomenda que mulheres com diabetes pré-existente façam um exame oftalmológico abrangente antes da gravidez ou durante o primeiro trimestre, para avaliar o risco de retinopatia diabética e implementar medidas preventivas. 

Tratamento e cuidados durante a gestação e no pós-parto

Durante a gestação, é fundamental que as mulheres com diabetes mantenham a glicemia controlada dentro de níveis aceitáveis, para minimizar o risco de complicações oculares. Caso a retinopatia diabética seja diagnosticada ou se agrave durante a gravidez, ainda que seja uma condição sem cura, existem opções de tratamento seguro, como a fotocoagulação a laser, que pode ajudar a reduzir o risco de perda de visão. 

Mas lembre-se: a prevenção e acompanhamento de níveis de glicose é a principal maneira de combater a retinopatia diabética, bem como outras condições relacionadas ao descontrole da diabetes. 

Após o parto, as mulheres com retinopatia diabética devem continuar com o acompanhamento oftalmológico regularmente. Isso é fundamental para monitorar a progressão da doença e para garantir que qualquer tratamento adicional seja realizado o mais cedo possível, se necessário. 

Jovem mãe, feliz, com cabelos escuros, segura seu bebê recém-nascido enrolado em uma mantinha azul clarinha.

A retinopatia diabética, especialmente durante a gravidez, é uma preocupação significativa para a saúde ocular das mulheres portadoras de diabetes. Entretanto, com cuidados adequados antes, durante e após a gestação, é possível reduzir o risco de complicações oculares graves e proteger a visão a longo prazo.

O Sistema de Oftalmologia Integrada, fundado em 16 de janeiro de 2012, é uma Rede de Clínicas voltada exclusivamente à saúde ocular da população.

Nosso esforço é voltado a prestar um atendimento integral baseado em quatro pilares: prevenção, diagnósticos precisos, tratamentos clínicos e cirúrgicos resolutivos.

Atualmente, a Oftalmologia Integrada atende em três grandes polos de saúde, Serra Gaúcha, Porto Alegre e Região Metropolitana, promovendo de modo sustentável e inovador a gestão de recursos na assistência oftalmológica.

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